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Atuação da ABRAFE para Mitigação dos Efeitos do Tarifaço Americano

Diante das ameaças impostas pelo chamado “tarifaço”, a ABRAFE tem se mobilizado de forma ativa e estratégica para defender os interesses do setor de ferroligas e silício metálico.

No dia 30/07, foi realizado um encontro promovido pela FIEMG com o setor industrial, que contou com a presença do governador Romeu Zema. Participaram da reunião o presidente do SINFERSI, Alexandre Almeida, e outros representantes das empresas associadas. Na ocasião, foram debatidos os impactos das tarifas impostas ao setor pelo governo dos Estados Unidos. Com a presença do presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, destacou-se a preocupação com a aplicação de tarifas de 50%, que podem impactar de forma irreversível o setor.


Em conjunto com o Governo de Minas, a ABRAFE busca alternativas que possam preservar empresas e empregos no estado.

Já entre os dias 29/07 e 31/07, o diretor executivo da ABRAFE, Bruno Parreiras, esteve em Brasília ao lado de representantes de empresas associadas, participando de uma série de reuniões estratégicas com os seguintes órgãos:

  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) – SDIC
  • Ministério da Fazenda – SAIN
  • Secretaria-Executiva da Camex
  • Ministério do Planejamento – SAID

A agenda teve como foco principal a intensificação das ações de defesa comercial, frente às recentes medidas anunciadas pelos EUA.

Durante os encontros em Brasília, avançaram as discussões sobre medidas compensatórias e estratégias de proteção ao mercado nacional, em um contexto geopolítico global cada vez mais desafiador.

Embora alguns produtos — como silício metálico, ferro-nióbio (FeNb) e ferro-níquel (FeNi) — tenham sido incluídos nas exceções do tarifaço adicional de 40% anunciado no último dia 30, diversas ferroligas estratégicas não foram contempladas, como:

  • Ferrossilício (FeSi)
  • Ferro-cromo (FeCr)
  • Ferro-manganês (FeMn)
  • Ferro-sílico-manganês (FeSiMn)
  • Cálcio-silício (CaSi)

Os impactos das tarifas são expressivos e preocupantes:

  • Cerca de 24,5% das exportações de ferroligas e silício metálico têm como destino os EUA;
  • Aproximadamente 150 mil toneladas exportadas anualmente estão sob impacto direto das novas tarifas;
  • Produtos brasileiros como CaSi e FeSi representam, respectivamente, 66% e 22% de todas as importações norte-americanas desses itens;
  • As empresas associadas geram cerca de 62 mil empregos diretos e indiretos;
  • Dentre essas, 46 mil empregos estão ligados diretamente às empresas cujas exportações serão afetadas.

Confira nos gráficos a seguir:

Além das perdas diretas com a exportação, todo o setor deve sofrer os efeitos das restrições impostas também ao aço e ao alumínio — segmentos que figuram entre os principais clientes da indústria de ferroligas e silício metálico no mercado interno.

Apesar da recente exclusão de alguns produtos da política tarifária, o impacto sobre o segmento de ferroligas permanece insustentável.

A ABRAFE reafirma seu compromisso com a defesa da competitividade, da transparência e do fortalecimento da indústria brasileira, atuando com equilíbrio, responsabilidade e espírito de cooperação.

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